quinta-feira, 28 de maio de 2009
Rede:Tecendo um Ser e um Fazer, eis a questão!
Apesar da palavra rede esta intrínseca a várias áreas do conhecimento e atuação, vamos nos deter na área social e para isto apesar da mesma conter vários significados nos deteremos na mais pura e real que é a rede de pesca: emaranhado de nós que são lançados a um universo diversificado de água, pelos pescadores,na busca de um alimento que irá nutrir a sua necessidade alimentícia ou esportiva.
Este é um dos sentidos que fez com que o Programa de Fortalecimento Familiar e Comunitário de Recife buscasse ampliar suas ações para além dos projetos e das atuações em sala. Foi na sede de nutrir-se de um alimento que nos desse força para caminharmos firmes na jornada do dia a dia que nos lançamos apoiados pelos componentes (família, mulher, criança e comunidade), do nosso principal objetivo: “ Promover e Defender os direitos da criança e do adolescente”. Nesta perspectiva em novembro de 2008 seguiram por pés e mãos de pessoas que fazem valer, os convites às escolas municipais, estaduais e creches para participarem da primeira reunião de rede realizada pelo programa tendo como tema “Construindo redes para um mundo melhor”, bem, foram convidados ao todo 15 participantes, para a nossa surpresa, compareceram 08 (oito), quantitativo interessante, para uma primeira reunião.Na pauta continha a apresentação da organização e as ações desenvolvidas pelo programa. Os olhares eram de ansiedade e expectativas para quem não nos conhecia e de surpresa para quem já tinha ouvido falar
A cada instante as perguntas chegavam como uma sede de entender este novo mundo que lhes era apresentado. Entretanto, eles não entendiam que naquele momento a fome maior era nossa de alicerçarmos um compromisso comum, uma vez que as instituições de ensino formal têm um papel fundamental na vida das nossas crianças. Queríamos apoio, parceria, comunhão, críticas, sugestão, o que viem desta rede para nós seria, alimento para o alicerce das nossas ações.
Depois de uma hora e meia de discussão, atingimos a meta, ganhamos voluntários, advocacy, parceiros, admiradores enfim quem acompanhar verá.
Como as nossas reuniões são trimestrais, os contatos foram mantidos através da inserção de mais de 10 crianças na Rede pública, que estavam fora de faixa e sem nunca ter freqüentado à escola. Além disso, observamos famílias mais engajadas no voluntariado, comunidade buscando o Programa, pois ouviu alguém na escola falando. Ufa! É isto mesmo, até e-mail da rede construímos para melhor comunicação; as gestoras e coordenadoras das instituições nos visitam trazendo sempre novidades, sem falar que somos também muito bem recebidas(os).
Bem pessoal é isto! Aprendemos a fazer, porque acreditamos que só seríamos uma rede, se convivêssemos juntos (Educação social * Educação Formal), a rede nada mais é do que a soma das diferentes idéias na busca do mesmo ideal: a Promoção pelo direito humano de crianças,adolescentes e jovens.
Juliana Gomes
Aldeias Infantis SOS Brasil/Recife-PE
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Era uma vez: uma mala, uma praça ..............
Revisitando as práticas, o Programa de Fortalecimento Familiar e Comunitário- Recife/PE, entendeu que era preciso inová-las, buscando novos caminhos que levariam os atores participantes desta história a se reinventar e se perceberem como seres de deveres e de direitos, revendo assim uma modelo superado de educação bancaria, onde as letras só interessam a quem as possuem decoradas no cognitivo, onde a magia dos livros não ultrapassam as figuras coloridas dos seu interior.
Este mundo que foi pintado de cores pardas nos caminhos educacionais que muitas vezes são trêmulos e ineficazes, deixa marcas na base cognitiva da criança, na qual se criam muros muitas vezes difíceis de transpor. Entendemos que o remédio nada mais é do que a mistura de oportunidade com estímulos e aí sim a literatura se vale de todos os seus contos e encantos. Agora é a minha vez de contar uma história. Estão prontos(as)?, Era uma vez..... uma caixa de papelão, de sapato, de DVD,ou sei lá o que! Transformou-se numa mala de saberes e sabores, empapelada com pedaços de revista e um pouco de cola. Pronto! Surge ela, a responsável por sorrisos, curiosidades, mentes criativas e crianças protagonistas: “A mala de leitura”. Iniciou-se em uma pequena caixa de sapato, pequeninaaaaaa, mas feita com muito carinho pela educadora Isabel, esta que sempre estava atenta e ansiosa pela oportunidade de levá-la à prática. Muitas foram às tentativas, várias foram às frustrações, quase nada se tinha no acervo de livros paradidáticos para que esta mala viajasse longe.
Um belo dia, um e-mail muda tudo. A Fundação Educar Dpaschoal doadora de livros paradidáticos recebe nosso cadastro e envia 150 (cento e cinqüenta) livros! Para nós, foi uma alegria só, pense que essa dose de estímulo foi fundamental para que a mala viajasse para a casa das crianças, recheada de livros, para ser deliciada pela família e amigos, foi uma festa! A educadora não podia se conter de tanta alegria, o projeto nasce dos saberes e incertezas de uma vida para muitas vidas.
João retorna com a mala, cheio de novidades e relata na roda de conversa a satisfação que foi ler os livros com a mãe mesmo sem apropriação devida das letras. As imagens para ele foram fundamentais.
No amanhecer do novo dia todos queriam levar a mala, era uma confusão, pense! E assim ela viajou casas e casas, aproximando pais e filhos, irmãos, vizinhos .... Passou-se o tempo e a mala ficou pequena, porém maior no seu fazer, criou pernas e andou até a praça do Engenho do Meio, feito uma minhoca onde cada elo desta era uma criança atrás da outra na fila. Rompendo os muros do Centro Social, a leitura invade a praça formada por uma grande roda de crianças, despertando a curiosidade de senhoras, policiais, moradores e outras crianças. O movimento que sem querer querendo impactava o bairro, todo mundo olhava, a rotina foi estabelecida, quando era dia de leitura na praça as expectativas eram grandes:
“Gosto da roda de leitura da praça”(Alisson-05 anos).
“Tia manda este menino da bicicreta, sentar na roda pra escuta a história.” (Wellington-06 anos).
“ É bom a roda na praça, lá tem muitas árvores e muito vento”(Nívia – 05 anos).
“A roda da praça é massa!” (Leandro- 07 anos).
“Eita, tia olha a letra do meu nome no livro... rsrsrsrs” (Thiago- 07 anos).
É assim que todos vêem esta ação tão impactante, o gosto apurado pela leitura, a cooperação entre os participantes, o desejo de aprender leva as crianças a entender que na vida existem vários caminhos basta oportunizá-los.
Hoje temos cerca de 500 livros, todos doados, ambientalizamos a sala com almofadas, tapetes bonecos(as) de pano, livreiro, aconchegando este filho, que nasceu e cresce nas mãos e nas mentes das nossas crianças.
Juliana Gomes
Assistente Pedagógica
Aldeias Infantis SOS Recife
Este mundo que foi pintado de cores pardas nos caminhos educacionais que muitas vezes são trêmulos e ineficazes, deixa marcas na base cognitiva da criança, na qual se criam muros muitas vezes difíceis de transpor. Entendemos que o remédio nada mais é do que a mistura de oportunidade com estímulos e aí sim a literatura se vale de todos os seus contos e encantos. Agora é a minha vez de contar uma história. Estão prontos(as)?, Era uma vez..... uma caixa de papelão, de sapato, de DVD,ou sei lá o que! Transformou-se numa mala de saberes e sabores, empapelada com pedaços de revista e um pouco de cola. Pronto! Surge ela, a responsável por sorrisos, curiosidades, mentes criativas e crianças protagonistas: “A mala de leitura”. Iniciou-se em uma pequena caixa de sapato, pequeninaaaaaa, mas feita com muito carinho pela educadora Isabel, esta que sempre estava atenta e ansiosa pela oportunidade de levá-la à prática. Muitas foram às tentativas, várias foram às frustrações, quase nada se tinha no acervo de livros paradidáticos para que esta mala viajasse longe.
Um belo dia, um e-mail muda tudo. A Fundação Educar Dpaschoal doadora de livros paradidáticos recebe nosso cadastro e envia 150 (cento e cinqüenta) livros! Para nós, foi uma alegria só, pense que essa dose de estímulo foi fundamental para que a mala viajasse para a casa das crianças, recheada de livros, para ser deliciada pela família e amigos, foi uma festa! A educadora não podia se conter de tanta alegria, o projeto nasce dos saberes e incertezas de uma vida para muitas vidas.
João retorna com a mala, cheio de novidades e relata na roda de conversa a satisfação que foi ler os livros com a mãe mesmo sem apropriação devida das letras. As imagens para ele foram fundamentais.
No amanhecer do novo dia todos queriam levar a mala, era uma confusão, pense! E assim ela viajou casas e casas, aproximando pais e filhos, irmãos, vizinhos .... Passou-se o tempo e a mala ficou pequena, porém maior no seu fazer, criou pernas e andou até a praça do Engenho do Meio, feito uma minhoca onde cada elo desta era uma criança atrás da outra na fila. Rompendo os muros do Centro Social, a leitura invade a praça formada por uma grande roda de crianças, despertando a curiosidade de senhoras, policiais, moradores e outras crianças. O movimento que sem querer querendo impactava o bairro, todo mundo olhava, a rotina foi estabelecida, quando era dia de leitura na praça as expectativas eram grandes:
“Gosto da roda de leitura da praça”(Alisson-05 anos).
“Tia manda este menino da bicicreta, sentar na roda pra escuta a história.” (Wellington-06 anos).
“ É bom a roda na praça, lá tem muitas árvores e muito vento”(Nívia – 05 anos).
“A roda da praça é massa!” (Leandro- 07 anos).
“Eita, tia olha a letra do meu nome no livro... rsrsrsrs” (Thiago- 07 anos).
É assim que todos vêem esta ação tão impactante, o gosto apurado pela leitura, a cooperação entre os participantes, o desejo de aprender leva as crianças a entender que na vida existem vários caminhos basta oportunizá-los.
Hoje temos cerca de 500 livros, todos doados, ambientalizamos a sala com almofadas, tapetes bonecos(as) de pano, livreiro, aconchegando este filho, que nasceu e cresce nas mãos e nas mentes das nossas crianças.
Juliana Gomes
Assistente Pedagógica
Aldeias Infantis SOS Recife
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